O que existe por trás das vitrines da Zara?

Certamente você já foi a algum shopping e se deparou com alguma vitrine da fast fashion Zara cheia de roupas lindas e manequins brancos ou pretos sem rosto. Você também já deve ter entrado na loja e ficado horrorizado pelos preços exorbitantes que cobram por uma simples camiseta básica branca e, mesmo assim, muito talvez você tenha adquirido algum produto de lá.
Não é de hoje que investigam a origem dos produtos vendidos pela marca, afinal, tem um certo grupo de pessoas que está extremamente interessado no processo de criação das coisas que querem comprar.
Casos de trabalho escravo foram relatados diversas vezes por diversas pessoas ao longo dos últimos anos. A empresa de origem espanhola sempre acaba saindo por cima e os consumidores realmente parecem não ligar se a roupa que compraram foi feita por uma pessoa que recebeu 25 centavos por 16h de trabalho - isso foi uma suposição, deixando claro.
Acontece que os casos estão cada vez piores e a marca não está nem aí para o trabalho de ninguém. O caso mais recente aconteceu com alguns - sim alguns - artistas independentes que tiveram seus trabalhos roubados pela marca.

Foto: Pinterest

Nomes como Tuesday Bassen, Adam J. Kurtz, Ball & Chain CO (e muitas outras) fabricam patches, aplicações, bottons e outros aviamentos para incrementar roupas e acessórios. São marcas independentes com ilustradores independentes, mas que vivem de seu trabalho artístico e esperam - e devem - receber por suas ilustrações.
A Zara copiou na maior cara de pau diversos patches e aplicações de diversos artistas independentes e quando um deles veio a público revoltadíssimo - com razão - a resposta da empresa foi que ele não ganharia nenhum caso porque a empresa deles era muito maior.
Veja, se você gastou horas de dedicação, pensou horrores, gastou com material e finalmente criou algo espera que no mínimo se a pessoa gostou do seu trabalho entre em contato com você, certo? E que se alguém quiser vender que seja com sua autorização e você ganhe por isso, certo?
Entretanto, parece que culturalmente estamos fadados a não valorizar trabalhos manuais como o dos ilustradores e achamos por ser "um desenho fofo na internet" temos total controle e autoria sobre ele e isso não é nada verdade.
A Re do Mulher Vitrola já falou sobre roubar imagens da internet aqui e vale a pena a reflexão.
Caso você queira saber quais são os trabalhos roubados pela brand é só ver aqui.
Valorizem quem faz independentemente e valorizem marcas pequenas porque por trás de uma marca tão grande como a Zara sempre tem muita sujeira também.
Como já dizia meu avô: muito poder está associado a muita corrupção.

Com amor,
Querida Asquini.

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