Palavras só para falar?

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Ontem voltando do trabalho vi várias pessoas compartilhando essa matéria que fala basicamente sobre o quanto estamos lendo e escrevendo mal.
Venho de uma família que sempre teve um hábito de leitura admirável e aos poucos fui contaminada por isso e não necessariamente só de livros - ainda gosto muito de ler blogs, revistas e textões de Facebook, mas notei que fui diminuindo gradativamente a inclusão na rotina.
A questão que mais percebi é o quanto estamos tornando as palavras essencialmente faladas e não escritas, em quantas vezes ficamos com preguiça de responder com um texto, como e-mails ficaram curtos e as respostas superficiais - a menos que possa ser por vídeo ou áudio (e ainda nesses acredito na superficialidade).
Quanto a tecnologia veio para facilitar e agilizar as comunicações? Quanto esse avanço torna as relações aceleradas e superficiais?
É incrível a fluidez de poemas, é lindo descrições românticas - e longe das abusivas -, e existem coisas, temas e formas que ao meu ver são melhores absorvidos na escrita.
Quando é que passamos a considerar escrita só para intelectuais e livros só para os pseudo cults? Quando é que ficou chato ler ou quando é que perdemos o tesão por vomitar palavras em diários, blogs ou até mesmo no Tumblr?
É triste ver tanta coisa surgir e sermos incapazes de conciliar com os métodos que já existiam. É triste ver que mesmo com novos acessos - olá Kindle - nós preferimos ler legendas curtas e superficiais de fotos no Instagram. É triste ver que nem o prazer de uma foto instantânea - até dos pratos feios de comida - tenha se tornado um portal para legendas, poses e efeitos iguais.
Há quem diga que é falta de tempo, outros culpam "a falta de variedade". Hoje em dia, só concluo que é falta de vontade - e não me excluo dessa.
Incluo, na verdade, na lista de hábitos para mudar.

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